“Em um bairro onde famílias proliferavam como tribos, vivíamos como
histórias bíblicas, mas não no passado, hoje lidamos com energia pura gerada
por gravidade sintética, em uma matéria pequena mas complexamente massiva que
colhia eletricidade cinética de constantes, volumosos e silenciosos organismos
– Esta realidade sonha, e no sonho são duas famílias que precisavam habitar
entre si e lidavam com diferenças de cultura social, habitando geograficamente
ao lado por gerações, ambas conheciam natureza e personalidade de todos
porquanto a convivência lhe permitia mas em dado momento uma geração perdeu o
controle da manutenção do conflito e um confronto aconteceu: Eu convivia na família mais baixa da
estrutura topográfica, mas gostávamos da proteção do alto nível topográfico que
a outra família vivia. Certa feita meu comportamento deliberado e desconectado
de preceitos sociais me parecia incomodar os valores da outra família. Um primo
entre eles em conluio com outros conspirou e em tentar executar em pico
emocional me acertou, com um me bloqueou a vértebra, mas exagerei as
consequências quando percebi que foram somente lesões, mas me lesionaram também
a fala, e aparentemente algum órgão desses que temos dois, estou debilitado
demais para identificar, na verdade potencializando os danos para todos citados
exceto um grave dano na mão esquerda. Fui acolhido por um deles quando minha
própria família não parecia se interessar por caridade, e convivi e fui adotado
como um acessório, mas de bom grado, daqueles que gostamos de guardar, portanto
não tinha o conforto familiar nem a posse da destreza física que me permitia
ser um alfa entre meu povo. Sem poder falar, andar e tendo que ser alimentado
como se alimenta um filhote ferido fui colhido com os melhores cuidados
possíveis, porquanto não fui tratado dos ferimentos, quatro balas eu poderia
dizer que poderia sentir ainda em meu corpo e não via ninguém se interessando
em as tirar do meu corpo, por respeito em ideais da convivência deles para com
eles, acordo mútuo que imagino eu não poderia ter de alguns que convivia no
passado. Retomo-me de todos os danos, exceto os da mão, que em conversa com um
que hoje é como um irmão me diz que é grave, no osso, e eu lidei com isso como
quem recebe a notícia meteorológica de noite fria, chuva e possivelmente
tornado, caso esteja em zona de risco, mas o tornado chegou e passou, de fato,
e eu terei de lidar com isso. ” –
Relatos: análise psicanalítica de comportamento:
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