sexta-feira, 22 de maio de 2009

Na penumbra que me engole, me dissolve, me dilui; também faz fluir um demente insensível e insaciável, não sei dizer se essa metamorfose me modificou tanto, nem ao menos se é progresso, ou retrocesso, só sei dizer que neste momento estou transformado, transformado sobre pilares, tais construídos tão a pouco tempo; sobre pilares agora reside um monstro, um monstro que vê o mundo logo abaixo, como que implorando por minha atenção, tão mundo tem nome, identidade e endereço fixo, agora o mundo é meu cliente, que suspira como quem quer contar um segredo inocente; enquanto globos oculares de inquietam de uma extremidade a outra, seu rosto quase inexpressível antes, agora alterna no ritmo preciso do calor de suas idéias, em busca do melhor pensamento para começar a dizer, enquanto fico constrangido por sentir inveja do mundo sob pilares, ele se delicia, como numa pré overdose, se delicia; Engraçado como suas expressões são de um adolescente vivendo seu melhor momento!

Incrivelmente ele se transforma, agora sim, vejo o que tanto desejava, sua expressão é de dor, de desespero, como quem se despede do maior amor de sua vida, como quem se despede...

Depoimento de um esquizofrênico: Auto-penitências

Há meses preso nesse ciclo, talvez não merecia tanta confiança dada pelo meu especialista... não consigo lidar com a pressão dessa vida, co...