sábado, 28 de março de 2009
relato esquizofrenico
Por um momento me senti lúcido, em um breve momento me vi tão comum que senti nojo de mim mesmo, sempre procurei a cura dessa demência que sinceramente não sei se teve data de inicio, sempre busquei fugir desse devaneio habitual, que hoje é rotina, e encontrar uma brecha de luz nesse quarto escuro, engraçado a gente sempre tentar ter o que não tem, mesmo que não seja superior ao que temos, e ironicamente era exatamente o meu caso. Essa degustação me incomodou, não sabia o quão desagradável isso viria a ser, meu psicanalista que o diga, sempre estranhei-o com suas atitudes misteriosas e a forma que me olhava imerso à sombra de seu canto, sempre me perguntei se ele sabia que o brilho de seus óculos ocultavam o restante de seu rosto, hoje ando acreditando que seja uma certeza. Talvez eu fosse invejado, a parte louca de mim era o que ele buscava tirar, poderia ele querer isso pra si? A alguns dias não o procuro, ele também não ligou, e meu lado predominantemente paranóico alerta tanta coisa. Essa semana espero ir lá, apesar de não ter muito o que dizer, e de tão desconfiado receio que ele perceba o que ando pensando, sou péssimo nisso de disfarçar o que penso.
Depoimento de um esquizofrênico: Auto-penitências
Há meses preso nesse ciclo, talvez não merecia tanta confiança dada pelo meu especialista... não consigo lidar com a pressão dessa vida, co...
-
Anexo ao laudo: Perfil psicológico e social; Davi Marcondes. 1. Chovia muito e Davi descartava lixo na lateral do bar, com os olhos serr...
-
"Na minha opinião, não existe essa de destino pronto, mas existem opções que não são as melhores pra você, e biblicamente você tem livr...