A alguns dias ando me observando, recebi alta por uns tempos pra tomar um ar de corpo e espírito, vivo umas situações um pouco peculiares, confesso: é impossível não me melindrar com tais situações, mesmo que de forma incoerente de fatos. Mas enfim, em todo caso ando tendo uma noção maior de tais fatos, dos meus sentimentos, e passando a defini-los, alguns vem recebendo mudanças de definições, uma quebra constante de paradigmas, tenho evidenciado alguns diagnósticos sobre meu estado, considero-as um tanto superficial, não é medo de expressar aqui, por notar a baixa popularidade de leitores ando me sentindo cada vez mais a vontade em dizer o quanto sou fraco e incapaz de dominar-me, não tenho mais esses medos, não quero ser tachado como instável ou dramático, sei o quanto sou um pouco disse e de muitas outras coisas, mas quem não ama exagerar, quem não gosta de fantasiar, expressando aos exageros perco a credibilidade, ser tachado de dramático é melhor que insano, não sei onde quero chegar batendo papo sobre tais futilidades. Enfim, quero dizer o que ando achando sobre minhas variações psicológicas, em resumo é isso:
Sofro de paranóia, creio que seja uma variação de esquizofrenia, não me envergonho em dizer que se for, é hereditário, minha paranóia é considerada pro mim como esquizofrênica por diversos fatores, ela desfragmenta minha ordem de pensamentos, mudando drasticamente minhas emoções e comportamentos, sinto sintomas como: alteração dos pensamentos, embotamento emocional com perda de contato com a realidade, podendo me causar um disfuncionamento social crônico, me prejudicando em relações sociais como família, amigos e amores. Ela vem de forma explosiva, a principio germina uma idéia, vinda de evidencias que pra mim seriam perfeitamente provida de realidade, talvez fosse, mas nem toda evidencia leva aos fatos, acredito que uma boa evidencia também pode ser provada como apenas coincidência, a vida prega peças engraçadas, seria muito irônico da minha parte acreditar nisso e me considerar portador de tal gral patológico, mas enfim, após a germinação, da semente faço uma arvore, instantaneamente, fluindo pensamentos e encaixando possibilidades, juro que posso imaginar tal cena, isso desencadeia uma série de sentimentos, arrependimentos, angustias, tensão, e emoção, meu corpo acelera, minha adrenalina fica inominável, não me conheço muito nesse estado, por ser algo um tanto recente, mas sei que sou capaz de muito além do que em um estado normal realmente sou, portanto é algo que me desagrada. Bom, faço analises, busco informações de formas engraçadas, fico muito tempo pensando e remoendo idéias sem me manifestar, isso me causa um tormento emocional muito forte, fico evidentemente abalado, estressado, tenso, e fechado, ultimamente deixo as idéias irem enfraquecendo, tento não expressar nada disso, e as coisas em questão de alguns minutos vão se esvaindo, mas quando lembro de novo me sinto tenso, abalado, ou triste novamente, mas não com tanto ênfase, mas já me vi sendo alimentado aos poucos por idéias vagas, ou situações impertinentes se repetirem, e irem acumulando sentimentos fortíssimos, até ficar insuportáveis dentro de mim e não serem facilmente contidos, pra ser sincero gosto desses incidentes, aprendo muito com eles, meu maior defeito não são eles, é meu auto-controle. Penso sempre as piores possibilidades em tudo, não tenho confiança em muitas coisas, o mundo externo as vezes parece conspirar quanto aos meus interesses, uma força maior que minhas vontades parece agir assiduamente, a vida é ampla em oportunidades, disponibiliza bilhões de opções, temos diversas formas de sermos felizes, se tudo se foder posso tentar maneiras diferentes e foder tudo de forma diferente.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
De volta pro divã, não sei o quanto me sinto a vontade sentado aqui, creio que não muito, a tempos eu não voltava aqui, hoje tive um relapso de pensamentos soltos, dois deles, um aberto e outro fechado, não sei qual me fez pior, talvez o fechado, pois comecei a sentir ímpetos de rancor, porem muito passageiros, hoje vim aqui pra depor algo peculiar do meu dia, muito peculiar, nunca tinha chegado a esse nível, talvez eu ache graça disso em um outro dia, porém hoje não me sinto bem nem de relatar isso, tenho o meu psicólogo onde eu quero, sentado na sua sombra do quarto, com as têmporas flexionadas, num sinal de stress, ou preocupação, ele se parece tanto comigo e eu não faço idéia do que ele esteja sentindo quanto a isso tudo, essa reunião não é de caráter emergencial, não era tão necessário estar deitado aqui, enfim, vou relatar supondo por horário os fatos, pois não tenho certeza da exatidão em horários, mas a cronologia é estável.
“Estava eu, mais ou menos 20h e alguns minutos sentindo uma vontade enorme de conversar com alguém, liguei e pedi pra quem estava lá dar recado da minha disponibilidade em falar com a mesma quando tal estivesse disponível, alguns minutos se passaram, me vi muito ansioso, andei freneticamente na faculdade, senti meu corpo estranho, minhas mãos esfriarem muito, uma vontade de dormir, um calor estranho, não sei se fiquei tonto, ou com preguiça de firmar minha vista, mas continuei andando, acho que isso ajude em descarregar a mente, pensei em bilhões de coisas, enquanto aguardava, não sei o quanto a ansiedade pode me machucar, as vezes sinto-a como envolto em minha alma, em forma de arame farpado, não sei como descrever isso, enfim, talvez umas 20h30 resolvo correr, lembrei de uma praça a uns 150mt da faculdade, corri, a vontade era correr o máximo de mim, mas essa vontade não foi eloqüente o suficiente pra dominar minha coerência, apenas corri, chegando lá olhei de novo pro meu celular, eram 20h35, tinha uns aparelhos de abdominais, peguei o mais íngreme e fiz quatro sessões de 15, já estava me sentindo melhor, resolvi voltar andando, eram 20h40 em média, umas 20h45 eu estava ligando de novo, resolvi ligar direto pra quem me interessava, confesso, minha mente entrou em turbilhão de emoções, foi um tanto estranho quanto incrível, mas me contive o suficiente pra me desculpar, despedir-me e desligar, andei mais um pouco pela faculdade, eu estava muito estranho, novamente meu corpo teve as características anteriormente citadas, procurei um lugar discreto pra tentar chorar pra ver se aliviava, não fiz o suficiente, continuei acelerado, fui numa torneira e me lavei praticamente do busto pra cima, aquilo teve um efeito interessante em mim, fui pra sala e fiquei muito grogue, olhando pro nada, não sabia distinguir o que estava sentindo, confesso porem, que estava pensando em absolutamente nada, minha mente não captava o ambiente, não captava vozes, não captava a sensação do meu corpo, muito menos a minha situação levemente constrangedora que eu me encontrava ao público, ouvi-me por algumas vezes, me perguntando o que era isso, o que eu estava de fato sentindo, o quão isso poderia ser normal, me perguntei se estou louco, e lembrei de uns comentários populares de que o louco nunca se considera louco, isso foi reconfortante, me vi recostar na cadeira, voltando a sentir meu corpo, relaxado e leve, notei meu cabelo muito molhado, mas lembrei-me de ter tomado cuidado de ter secado-o pra não chamar muita atenção, relaxei por isso também, prestei atenção nas pessoas ao meu redor, não ouvia nada mas achei engraçado o movimento de seus lábios, em expressões referentes a fala, imaginei que, pra um comentário acadêmico qualquer usava-se expressões simples e habituais, eu estava rodeado de pessoas normais e que talvez dividissem pensamentos e constrangimentos semelhantes, alguns até piores, mas não deixavam de ser normais, pensei nisso e logo após fiz um levantamento dos meus motivos pra tão circunstancia, achei tudo um pouco ridículo e resolvi devolver uma ligação um pouco mais natural, lógico, ressentida, pois me dominava um sentimento de culpa, pensei o quão egoísta é esse sentimento, porque por mais que você acabe se redimindo por um ato, você não deixa de pensar em você mesmo, pois o interesse maior é se sentir aliviado, reconfortado, ironicamente, reconfortando alguém, mas enfim, fi-lo e a sensação foi a esperada, mas não me senti tão reconfortado assim pois minha mente ainda brincava de pensar num desespero estranho, voltei pra sala após a ligação, peguei um mp3player e me senti muito melhor em ouvir músicas rápidas e pesadas, terapia estranha e nada original, de lá pra cá venho remoendo pensamentos soltos sobre as coisas, sobre algumas mudanças, sobre alguns sacrifícios, sobre pensar e deixar de pensar, sobre agir e no deixar de agir, sobre sentir e no deixar de sentir, pensei muito, não sei o quanto isso possa ter me ajudado ou não, não sei o quanto estou disposto a representar os fatos com minhas teorias, não sei o quanto sei sobre essas coisas”
“Estava eu, mais ou menos 20h e alguns minutos sentindo uma vontade enorme de conversar com alguém, liguei e pedi pra quem estava lá dar recado da minha disponibilidade em falar com a mesma quando tal estivesse disponível, alguns minutos se passaram, me vi muito ansioso, andei freneticamente na faculdade, senti meu corpo estranho, minhas mãos esfriarem muito, uma vontade de dormir, um calor estranho, não sei se fiquei tonto, ou com preguiça de firmar minha vista, mas continuei andando, acho que isso ajude em descarregar a mente, pensei em bilhões de coisas, enquanto aguardava, não sei o quanto a ansiedade pode me machucar, as vezes sinto-a como envolto em minha alma, em forma de arame farpado, não sei como descrever isso, enfim, talvez umas 20h30 resolvo correr, lembrei de uma praça a uns 150mt da faculdade, corri, a vontade era correr o máximo de mim, mas essa vontade não foi eloqüente o suficiente pra dominar minha coerência, apenas corri, chegando lá olhei de novo pro meu celular, eram 20h35, tinha uns aparelhos de abdominais, peguei o mais íngreme e fiz quatro sessões de 15, já estava me sentindo melhor, resolvi voltar andando, eram 20h40 em média, umas 20h45 eu estava ligando de novo, resolvi ligar direto pra quem me interessava, confesso, minha mente entrou em turbilhão de emoções, foi um tanto estranho quanto incrível, mas me contive o suficiente pra me desculpar, despedir-me e desligar, andei mais um pouco pela faculdade, eu estava muito estranho, novamente meu corpo teve as características anteriormente citadas, procurei um lugar discreto pra tentar chorar pra ver se aliviava, não fiz o suficiente, continuei acelerado, fui numa torneira e me lavei praticamente do busto pra cima, aquilo teve um efeito interessante em mim, fui pra sala e fiquei muito grogue, olhando pro nada, não sabia distinguir o que estava sentindo, confesso porem, que estava pensando em absolutamente nada, minha mente não captava o ambiente, não captava vozes, não captava a sensação do meu corpo, muito menos a minha situação levemente constrangedora que eu me encontrava ao público, ouvi-me por algumas vezes, me perguntando o que era isso, o que eu estava de fato sentindo, o quão isso poderia ser normal, me perguntei se estou louco, e lembrei de uns comentários populares de que o louco nunca se considera louco, isso foi reconfortante, me vi recostar na cadeira, voltando a sentir meu corpo, relaxado e leve, notei meu cabelo muito molhado, mas lembrei-me de ter tomado cuidado de ter secado-o pra não chamar muita atenção, relaxei por isso também, prestei atenção nas pessoas ao meu redor, não ouvia nada mas achei engraçado o movimento de seus lábios, em expressões referentes a fala, imaginei que, pra um comentário acadêmico qualquer usava-se expressões simples e habituais, eu estava rodeado de pessoas normais e que talvez dividissem pensamentos e constrangimentos semelhantes, alguns até piores, mas não deixavam de ser normais, pensei nisso e logo após fiz um levantamento dos meus motivos pra tão circunstancia, achei tudo um pouco ridículo e resolvi devolver uma ligação um pouco mais natural, lógico, ressentida, pois me dominava um sentimento de culpa, pensei o quão egoísta é esse sentimento, porque por mais que você acabe se redimindo por um ato, você não deixa de pensar em você mesmo, pois o interesse maior é se sentir aliviado, reconfortado, ironicamente, reconfortando alguém, mas enfim, fi-lo e a sensação foi a esperada, mas não me senti tão reconfortado assim pois minha mente ainda brincava de pensar num desespero estranho, voltei pra sala após a ligação, peguei um mp3player e me senti muito melhor em ouvir músicas rápidas e pesadas, terapia estranha e nada original, de lá pra cá venho remoendo pensamentos soltos sobre as coisas, sobre algumas mudanças, sobre alguns sacrifícios, sobre pensar e deixar de pensar, sobre agir e no deixar de agir, sobre sentir e no deixar de sentir, pensei muito, não sei o quanto isso possa ter me ajudado ou não, não sei o quanto estou disposto a representar os fatos com minhas teorias, não sei o quanto sei sobre essas coisas”
“Nunca disse que eu seria perfeito”, clichê ridículo, mas é a realidade de tanta gente. Namoros complicados, mulheres impossíveis de agradar, tanta gente clama por no mínimo fidelidade, no mínimo compreensão, no mínimo que seu companheiro não a espanque, afinal, o que elas querem? Já fui tanto, pra tantas mulheres, não nego, já trai, já menti, já agredi, já mandei pro inferno um simples suspiro perto de mim, já desejei sair de perto pra não perder o controle, já perdi o controle, já fui no meu limite varias vezes, algumas vezes não me arrependi de minhas atitudes, enfim, hoje me considero muito diferente, seria ridículo dizer o quanto mudei e o quanto gostaria de ter pelo menos reconhecido meus esforços, tenho muitos defeitos ainda, não posso ser perfeito, mas não quero deixar de buscar isso, corrigir meus erros, por mais que seja superficial é algo muito necessário, nada disso me desagrada, é mais ridículo ainda dizer o quanto eu menosprezo a possibilidade de ser reconhecido por isso, por Deus, o que eu gostaria? Nunca estive tão feliz, mas não posso nem ao menos dizer isso, porque parece ser demagogia aos ouvidos alheios, não sei o quanto posso expor minhas idéias, meus pensamentos, meu passado me derruba, minhas atitudes anteriores me ridicularizam, me tiram os créditos, as mulheres são tão previsíveis, já fui muito amado por ser tão diferente de hoje, porque só conseguimos o que queremos quando fazemos exatamente como elas não querem? Não gosto de confissões ridículas sobre o quanto eu estou me dedicando, porque fica parecendo uma indireta do tipo: “eii, consegue me amar sem eu ser cachorro?”, acho que as coisas são diferentes agora, a recompensa vem na atitude reflexa, gosto de saber que estou sendo respeitado, isso me deixa feliz, tudo é tão diferente, complicado, as vezes inacessível, não sei o quanto posso ir entendendo, o quanto posso ir suprindo gosto e necessidades, não sei atalhos à felicidades alheias, não sei o quanto posso me fazer feliz, porque afinal, todo o meu egoísmo já se fora em se tratando disso, não quero mudar o meu eu verdadeiro, por mais que eu reconheça que a única coisa que eu realmente sabia fazer era não prestar, eu quero ter minha astucia, minha audácia, minha perspicácia e malicia, mesmo que seja redirecionado a uma única só mulher, não quero me vender aos sentimentos alheios, reconheço que posso mudar muito ainda, que posso ser muito melhor, que ainda estou muito aquém do que posso ser, não estou pedindo nada em troca, nem estou testando meus limites, não sei o quão seria ridículo esse depoimento, mas o que eu quero em troca é simplesmente conseguir fazer alguém feliz, ter minha vida valorizada, de preferência em vida, quero significar algo, não quero esperar minha ida pra ser lembrado, não quero sentimentos fúteis nem promíscuos por mim, quero algo puro, de melhor amigo, de melhor namorado, não quero ser desejado de forma quente, muito menos satisfazer carências voláteis, quero ter um significado permanente, quero ser o sinônimo de esforço por amor, de esforço por gratidão e carinho, quero um amor eloqüente, quero prolongar todo esse sentimento ao máximo de tempo da minha vida.
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