sábado, 28 de março de 2009

relato esquizofrenico

Por um momento me senti lúcido, em um breve momento me vi tão comum que senti nojo de mim mesmo, sempre procurei a cura dessa demência que sinceramente não sei se teve data de inicio, sempre busquei fugir desse devaneio habitual, que hoje é rotina, e encontrar uma brecha de luz nesse quarto escuro, engraçado a gente sempre tentar ter o que não tem, mesmo que não seja superior ao que temos, e ironicamente era exatamente o meu caso. Essa degustação me incomodou, não sabia o quão desagradável isso viria a ser, meu psicanalista que o diga, sempre estranhei-o com suas atitudes misteriosas e a forma que me olhava imerso à sombra de seu canto, sempre me perguntei se ele sabia que o brilho de seus óculos ocultavam o restante de seu rosto, hoje ando acreditando que seja uma certeza. Talvez eu fosse invejado, a parte louca de mim era o que ele buscava tirar, poderia ele querer isso pra si? A alguns dias não o procuro, ele também não ligou, e meu lado predominantemente paranóico alerta tanta coisa. Essa semana espero ir lá, apesar de não ter muito o que dizer, e de tão desconfiado receio que ele perceba o que ando pensando, sou péssimo nisso de disfarçar o que penso.

domingo, 22 de março de 2009

Desabafo expressivo de um esquizofrenico

Infelizmente te amo, te digo isso, porque te amar me atrasa, atrasa meu raciocínio, meu convívio social, atrasa meus pensamentos quanto ao meu passado, quanto o prospectar algo futuro; te amo a ponto de me sentir ridículo quanto a isso tudo, a ponto de me sentir cada vez menor ao assumir isso; te amo a ponto de me odiar em te amar; a ponto de desejar que o insignificante realmente seja fato; a ponto de desejar uma borracha no passado; a ponto de desejar despejar algum tempo do passado num nada, e esquecer até de tê-lo feito isso; a ponto de me sentir bem em por todo esse sentimento na parte mais hostil do meu acervo sentimental; a ponto de mesclar esse amo ao ódio, ódio alheio e de mim mesmo; a ponto de assumir que isso é o pior de mim, de que se eu e esse sentimento fossemos dois, cometeria um assassinato. Infelizmente te amo, por não ter controle do que sinto, por assumir uma linha tênue entre definir amor ao ódio nesse monstruoso sentimento.

Depoimento de um esquizofrênico: Auto-penitências

Há meses preso nesse ciclo, talvez não merecia tanta confiança dada pelo meu especialista... não consigo lidar com a pressão dessa vida, co...