quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Hoje quero fugir um pouco do padrão, pedi a mim mesmo que parasse de me analisar, levantei do divã e o chamei pra sair, conversar um pouco informalmente, quero ser eu mesmo em idéias, falar por falar sentado em uma mesa qualquer de um bar qualquer olhando o movimento natural das coisas, e expressar sentimentos e idéias próprias sem que eu tenha um veredicto crucial! Quero ser eu mesmo, e fugir um pouco do personagem falando de outro personagem pra um personagem, quero ser sincero comigo, conversar comigo sobre tudo, talvez até de mim, quero ouvir por imaginação um mundo normal, onde pessoas a essa hora (06:53 hs) estão em um movimento frenético indo sempre a algum lugar onde não deixam de ir ontem, irão amanha. Quero me imaginar alguém diferente, alguém que não pode ser visto mais que está lá, vestido de forma casual, uma calça qualquer, uma chinela simples de dedo e até se possível uma meia pra proteger do inevitável frio matinal, uma camiseta com alguma coisa por cima, cabelo despenteado e rosto amassado, conversando comigo, sentado do outro lado da mesa vestido de roupa mais adequada com o mundo real, vestido com uma camisa bem passada, uma calça Oxford preta e um sapato preto, cabelo bem penteado e barba bem feita, com as mãos sobre as pernas, olhando fixamente entre a fumaça do meu chocolate quente sobre meu rosto, tentando ver aqueles olhos vagos distraídos e calmos olhando pro lado, como se tivesse parado e esquecido no momento trivial de tomar o chocolate, sentindo um calor distante no canto do seu rosto, enxergando tudo e não vendo nada. Eu formal preocupado com Eu casual, numa calçada de uma rua, de uma cidade mergulhada em uma agonia profunda de tentar superar o ontem. Enfim sai um suspiro, seguido de uma precipitação de algo que vai ser dito, mais um momento de silencio e finalmente o tal silencio foi quebrado:

- Parece tudo tão simples, tão vago, e também tão desnecessário. Porque viver mais de 70% do que você tem que viver assim? Correndo atrás de algo que tão sem fundamento que é o futuro? Viver é uma loteria, você não sabe se o hoje será recompensado amanha, posso passar a vida inteira me procurando e me achar no ultimo dia. Isso é justo?

Confesso, esse comentário me assustou, foi dito profundamente, porém o enredo não me agradou, foi um conteúdo imaturo e covarde, me analisando e me observando voltar ao meu silencio e finalmente continuar o procedimento ir com o copo à boca senti uma vontade enorme de me levantar, deixá-lo sozinho em seus pensamentos e deixar que se ache, mais eu aí quem seria o covarde? Relaxei um pouco o corpo, me distrai um pouco com o meu redor, me puxei pra frente com os ombros sobre a mesa, me distrai um pouco com o meu copo de café já vazio e frio e fiquei com o olhar fixo à mesa, eu me conheço, e sei que não posso intervir, o Eu sentado na minha frente precisa de um tempo, merece a “solidão acompanhada”, conselhos são desnecessários, do outro lado da mesa consegui ouvir as engrenagens do seu subconsciente trabalhando, a uma velocidade incalculável, pensar é transgredir, é a teoria mais simples e aceita por mim, sempre! Conseguir chegar a um nível de se ver dentro de si mesmo é uma arte, dizem “que se vê melhor quando esta fora”, se ver por fora é algo perfeito, e eu me conhecia a ponto de me deixar assim, sozinho, e acompanhado. Eu precisava estar comigo mesmo naquele momento, ele precisa de mim, e eu vou ajudá-lo. [...continua hoje mesmo]



~> Hoje quero finalizar este post e corrigi-lo.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Lendo tudo isso sinto que sou uma enorme contradição, não de personalidade, mais sim de idéia,s já não concordo com nada antes mencionado, mais confesso que já pensei ser assim, inúmeras vezes eu me achei assim, mais quem consegue elaborar um personagem, criar características, emoções? criar momentos que pra tantos é caracterizado como verdadeiro... como sorrisos, abraços, suspiros e sonhos. Eu teria que ser perfeito demais (e desumano) ao ponto de, alem de criar, executar tudo isso e fazê-lo sem que seja evidente demais, e de tantos defeitos que tenho o maior deles é a minha indiscrição. Talvez eu consiga de fato pensar em algo proporcional, mais sei que sou incapaz de executá-lo, falar que consigo ser o que todos acham que sou é fácil, pois ainda, de fato, não deixei de ser que eu falei que sou e senti impossível deixar ou “voltar” a ser alguém que até eu ontem achava que era realmente, talvez porque não existe outro Eu, este eu mencionado continua sendo eu, o que me faz diferente de mim mesmo são minhas características distintas, aliás, extremamente opostas, porque consigo ser verdadeiro, mais também consigo ser falso, isso depende de circunstancias, consegui me ludibriar, fazendo com que eu me entenda como criador de personalidades, fui ingênuo, de ontem pra hoje consegui evoluir ao ponto de me achar ridículo, amanha me acharei ridículo também? Bom, como eu ia dizendo, eu disse tudo de uma forma muito coerente no ultimo post, mais não cheguei a falar de características do meu eu verdadeiro, quem conseguiu acreditar no que eu disse sem nem ao menos ouvir de mim mesmo como sou verdadeiramente me provou o quanto meus argumentos foram suficientes, ou quem leu foi e é facilmente influenciável, tentando criar diagnósticos de mim mesmo posso fazê-lo com que crie você mesmo os seus.

A manipulação da expressão é algo muito simples, mais a manipulação da vida em sociedade é algo que até me assusta, se eu encontrasse alguém que faz isso, não saberia que o mesmo o faz, porque algo tão engenhoso assim deve ser evidenciado?

Vvio uma eterna contradição, o problema não é o que eu faço, é o que eu penso, porque se eu fizsse de fato tudo que eu penso eu teria orgulho e decepção de mim, algo tão básico como pensar e agir faz parte do procedimento de qualquer um racional, serei eu tão incopetente assim? Bilhões de idéias fluem em minha mente, cada segundo um novo pensamento, porque me atribuíram tamanha peculiaridade, e me deixaram totalmente desprovido da tal iniciativa?


Diagnostico #002

***diagnostico especifico:

Um pouco confuso, pois aleguei algo com veemência, clareza e ciente de si, mais logo após fiz perguntas sobre as minhas próprias afirmações, citando o quão interessante seria alguém executar ações contraditas por mim mesmo. Posteriormente fugi do foco argumentativo tendo meu depoimento como pessoal ao leitor, questionando a condição psicológica com argumentos diretos a quem lê, isso prova que o assunto realmente é inconveniente e que de fato me incomodou, fui instável mais tentando ser coerente, portanto fui portador de um depoimento vago, porém objetivo.

***diagnostico geral:

Extremamente instável, portador de ideologias distintas e incapaz de manter uma linha única de raciocínio, tendo uma variação extremamente radical em curtíssimo intervalo de tempo, enfático ao que sempre me incomoda e detalhista em algo que um dia virá a ser enfatizado, demonstrando que minha atenção aos detalhes é relacionada ao que ainda não dominei, que ainda quero entender e que com certeza virá a ser algo a ser mencionado com expressão, de decepção ou gloria. Possuo peculiaridades a serem analisadas, diagnosticadas e mencionadas nos meus próximos diagnósticos gerais.


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

primeiro post

agora são 06:38 de uma manha que parece linda, porém me falta interesse em ve-la como tal, tive um final de semana que a alguns anos atrás definiria como PERFEITA, porém o que já foi legal hoje não me satisfaz, bom, depois de ter lido sobre aquele distúrbio divulgado no ultimo post quero que saibam (supostos leitores inexistentes - porque sei que ninguém nunca le essas coisas) que meu único interesse nesse blog é para que eu tenha futuramente uma auto analise da minha personalidade, ou as variações da mesma. Bom, continuando... vivi um final de semana agitado, com muitas peculiaridades, estabeleci metas e as superei, tentei deixar de vivenciar o que vivenciei nas ultimas 3 semanas pra ter algo novo em mente, como ninguém le isso mesmo vou ser sincero, perdi um bom namoro, durou 7 meses e 1 semana, foi algo que investi, tentei construir algo diferente, tentei ser diferente, mais eu não tinha interesse em mais nada além de ser bom, eu sabia que uma hora iria acabar, porque o pra sempre nunca é pra sempre, isso é fato, além de ser umas das frases mais manjadas e usadas em sub-nicks, mais não deixa de ser fato. Bom, não tentei ser perfeito porque sei que o perfeito não é tão agradável, tentei ser eu mesmo sem meus piores defeitos, ainda os tenho, alguns eu os moldei como qualidade e outros tentei os expor pra que eu pareça o mais natural o possível, isso parecer ser um pouco injusto, mais se eu fosse realmente quem eu sou não teriam sido 7,1 meses, não teria nem existido, poucas pessoas conhecem eu por completo, algumas demoraram anos pra saber como eu sou, as pessoas que vivem recentemente no meu mundo não tem nem noção do que eu sinto, do que penso. As que já me conhecem a mais de ano já tem noção de pelo menos 45%, as que me conhecem a mais do que isso já passou um pouco dos 65%. Uma das pessoas que passou da ultima cota citada conversando comigo a pouco tempo depois de receber a pergunta "o que você pediria pra mudar em mim de todos os meus defeitos" ela respondeu que nada, que gostava de quem eu era por dentro, mais do que de quem eu quero que todos conheçam, que se acostumou com eles e que se não fosse por eles talvez não gostasse de mim o quanto gosta. Me senti bem, porque ela como outras pessoas na minha vida já tiveram a experiência de conhecer um "eu" personagem, onde todos conhecem e vivenciam com ele, já teve contato também com o lado negativo dessa personagem, e com o irrelevante lado positivo também, onde deixou de ter interesse no meu personagem me fazendo forçar em demonstrar como sou realmente, se assustando e depois convivendo... lembrando disso acabei me lembrando de outra experiência exatamente igual... onde fui desmascarado, fiz cair um muro criado minuciosamente pela linda força da amizade e depois vi esse muro sendo reconstruído... com verdadeiros tijolos. Algumas pessoas se acostumam comigo, sabem como sou e me tratam verdadeiramente, outras pessoas me descobrem, mais não me contam, e acham que eu não percebi que descobriram e tentam me tratar como acham que eu quero ser tratado, e pra não quebrar a ordem das coisas faço com que a pessoa achem que eu estou satisfeito assim.
Percebi que fugi muito de todos os assuntos que comecei, conversar comigo mesmo me faz bem... já são 07:00 hs, escrevo pra não pensar no indevido, pra que quando eu deitar consiga esquecer tudo que eu estava pensando, escrevo sentando num divã, comigo me observando e franzindo a testa, assustado com aquele ser idêntico e tão diferente de si mesmo (isso mereceu ser patenteado). Sentir orgulho de citar algo tão profundo relacionado a algo super pendente ao grande defeito de personalidade é hipocrisia, ser quem eu sou as vezes parece uma missão, mais a quem eu preciso agradar? tento me superar com meus piores defeitos e as vezes consigo me surpreender, mais porque insisto em pensar que meus defeitos alimentam minhas qualidades? onde está a relação entre si? desde quando alguém querer ser mais pobre consegue ficar rico? me sinto contratidor de minhas idéias e não me sinto mal por isso. Tenho tanta vontade de conhecer eu mesmo, de me ver e poder conversar comigo, mais de uma forma imprevisível, sem saber o que poderei ouvir ou não ter noção do que a pessoa está pensando, quero alguem tão burro como eu e que não ache que pode estar um passo à frente aos pensamentos alheios, quero eu diferente de mim... porém idêntico. Sinto vontade de me dividir, vontade idiota. dividindo perderia metade de minhas qualidades ou metade dos meus defeitos, ou metade dos dois, e isso é vantagem? não quero perder meus defeitos, eles me divertem, gosto de ver coisas acontecendo por causa dos meus defeitos, porque perder algo ou pessoas na balança não é perca, meus ganhos sobre saem as percas, saber porque perdi é vantagem, porque saberei não perder, e perderei aprendendo a perder de maneira diferente e assim por diante.
Quando leio novamente uma frase dessas acho tão medíocre, não me sinto suficiente, em nada, mais não quero mudar, quero ser assim. Se eu pudesse criar alguém pra mim, criaria alguém com defeitos, mais você acha que não tem defeitos? errado, tem um pior do que todos os meus, não assumir seus defeitos, agora se você tem UM defeito pior do que todos os meus se pergunte: "sou portador de um só defeito?", terá uma resposta tão obvia quanto a pergunta.

diagnostico #1:
oscilei muito, tive momentos super instáveis com intervalos muito próximos, comecei com tendências de conformismo depressivo oscilando para a estabilidade esclarecida e logo após outras circunstancias também diversas as mesmas, tentei não manter uma linha própria de ideias, sendo bem especifico no começo apontando o que realmente me incomodava e fugindo do assunto, com um suposto medo ao evidenciar o intimo ao publico ou a si mesmo. Portanto no momento não me caracterizo como portador de nenhuma anomalia, ser instável e ter medo dos próprios sentimentos ainda é normal. Considerando o fato de "personalidades fabricadas" não se deve julgar comportamento inapropriado.

Arnaldo Júnior (eu mesmo)

Depoimento de um esquizofrênico: Auto-penitências

Há meses preso nesse ciclo, talvez não merecia tanta confiança dada pelo meu especialista... não consigo lidar com a pressão dessa vida, co...